Olinda, avaliação da eleição 2012.

         As eleições terminaram em todo país, e agora o que fica são as avaliações do desempenho dos partidos e dos líderes políticos e qual saldo para 2013, em Olinda não é diferente, as eleições reconduziram o atual prefeito Renildo Calheiros a prefeitura de Olinda com 50,45% dos votos, pouco mais de 102 mil votos contra 40,44% da segunda colocada Izabel Urquiza.

      Uma eleição que tem boas particularidades a serem avaliadas como, por exemplo, a ampla coligação que Renildo Calheiro conseguiu colocar em volta de sua candidatura com a participação de 21 partidos inclusive, com a participação de partidos como o PSDB que levou a coligação a receber algumas críticas dos ‘entendidos’ da política local.

    Mas, essa ampla coligação surgiu depois de um intenso debate, com varias ameaças de partidos da base aliada cogitando a possibilidade de ter candidato próprio como o caso do PT, que tentou viabilizar a candidatura da deputada Tereza Leitão que também e presidente do partido em Olinda, mas que depois retirou sua candidatura para apoiar Renildo. 

     Outro partido da base aliada que tentou viabilizar candidatura própria foi o PTC que especulou a possibilidade de ter o deputado estadual Ricardo Costa na disputa, mas também não se concretizou e o partido continuou na base aliada.

     Também se destaca o alto índice votos nulos, branco e de abstenções chegando a 107 mil eleitores optando por alguma das três opções, em uma clara demostração da falta de debate político por parte dos candidatos, onde o guia eleitoral se restringiu a avaliação de gestão e a acusações levianas deixando o eleito sem a possibilidade de conhecer proposta para o futuro da cidade.

   Na câmara de vereadores o destaque vai para a participação da bancada  feminina, com inserção de duas mulheres no legislativo, Mônica Ribeiro (PDT) que foi a segunda mais votada e Graça Fonseca (PR), além da participação expressiva de outras candidatas como é o caso de Isadora Garcia (PCdoB) que obteve, mas de 2700 votos ficando na primeira suplência.

    Outro destaque no legislativo desse processo eleitoral foram os vereadores que atuam fortemente com políticas assistencialistas, que há quem critique e quem diga que é melhor do que a falta do poder público, e isso, certo ou errado os levaram a serem eleitos, como é o caso do Professor Lupércio (PV) o candidato mais votado dessa eleição, que atua em casas de recuperação de dependente químico e centros de saúde, obtendo mais de seis mil votos, bem como o vereador reeleito Biai (PCdoB) que com sua associação o levou a mais uma vitória, e também o vereador  reeleito Jonas Ribeiro (PR) que foi para seu quarto mandato e também atua em uma associação denominada “Minha Comunidade”.

    Mas, houve um candidato que chamou a atenção por ir justamente pelo caminho que muitos não querem os movimentos sociais, que é o candidato eleito com quase quatro mil votos, Fernando de Mãe Jane (PCdoB) que com uma forte atuação na comunidade de Cidade Tabajara, mas, também discutindo o problema de outras comunidades do município, e ouvindo as pessoas, garantindo a unidade em volta do seu projeto político líderes do movimento social como o presidente da UNACOMO, Marcos Morais.

    A oposição por sua vez, conseguiu eleger um vereador o candidato Arlindo Siqueira (PSL) que obteve pouco mais de dois mil votos sendo o décimo sétimo eleito, diferente do que aconteceu nas ultimas eleições municipais que todos os vereadores eleitos foram da base aliada ao governo.

   A juventude também foi protagonista nas eleições de 2012, com os partidos lançando candidatos jovens que tiveram como destaque Alexandre Miranda (PT) com sua plataforma debatendo exclusivamente juventude teve 700 votos, outro jovem candidato foi Matheus Lins (PCdoB) que além de discutir políticas públicas de juventude também conseguiu transitar por várias temáticas da sociedade ampliando seu eleitorado obtendo 1130 votos se consolidando como um quadro em ascensão na cidade.