Em 1953 se descobriu que em uma região de Olinda existia um
barro muito rico em fosfato, que era muito usado como adubo, às terras
pertenciam a Usina Catende em Peixinhos, esse barro seria fonte de grande
riqueza e desenvolvimento para todo um povo que ali vivia.
Os donos da
terra era a família Costa Azevedo, que começaram a encampar a construção da
fabrica de extração do material, furar ou cavar poços em busca do fosfato virou
algo natural na região, as casa que existiam na terra começaram a ser
indenizadas por valores irrisórios algo que nem dava para os moradores comprar
se quer um barraco em outro lugar típico da política habitacional dos dias de hoje.
As indenizações foram de peixinhos até onde hoje é o bairro de aguazinha.
Depois foram
chegando os tratores, caminhões, dragas e muitos outros equipamentos para dar
início às operações da fábrica, trabalhadores surgiram aos montes de diversos
lugares de Pernambuco e até de fora do Estado.
Em 1957 foi
oficialmente inaugurada a fábrica da Fosforita
Olinda S\A, uma festa de inauguração que trouxe personalidades importante
do cenário nacional como o caso de Juscelino Kubitschek, que era o presidente
do Brasil, junto com toda sua comitiva de ministros e toda sua equipe de
governo.
Olinda ficava
assim conhecida como nacionalmente e internacionalmente como uma das maiores
cidades produtoras de fosfato do mundo, um ano depois morre o senhor Costa
Azevedo, o dono da fábrica e em meados de 1958 já não se via mas tanto
trabalhadores, cada dia se sabia de alguém que foi indenizado.
A Fosforita
começou a fechar suas portas na década de 60 na mesma velocidade que crescia a
uma década atrás, a medida em que os funcionários eram demitidos os poços foram
sendo aterrados e as maquinas desaparecendo, ao mesmo tempo em que a fábrica ia
desaparecendo o terreno ia sendo loteado e um novo bairro surgindo o de Jardim
Brasil.
As teorias
sobre a falência da Fosforita foram varias, alguns falavam em golpe porque uma
cidade do nordeste se desenvolvia a passos largos outros contavam que o motivo
foi roubo depois da morte do senhor Costa Azevedo, o que se sabe é que hoje
onde fica a fábrica existem outras fábricas mas que atuam em outra área, os
poços que ainda restaram viraram verdadeiros lagos profundos onde até morte por
afogamento aconteceram, mas abaixo de tudo isso está o fosfato, uma fonte de
riqueza imensurável que poderia ter colocado a cidade em um outro cenário
social, nos resta sonhar de como seria Olinda se ainda lá estivesse em plena
atividade a Fosforita, sonhar e nada mais.
Fonte: Livro:“Peixinhos, um rio por onde navegam um povo e suas histórias”
Autor: Zuleide de Paula
Autor: Zuleide de Paula
3 comentários:
Dona Zuleide, um patrimônio da memória viva de Olinda! Evoé!
Muito gratificante essa história.
Muito bom saber desse historia nasci me criei no loteamento Tamandaré. nisbel Flor
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